A Polícia Civil do Maranhão não descarta a possibilidade de latrocínio.
Corpo enterrado em cova rasa. (Crédito: Kairo Amaral)
O crime aconteceu nesse dia de finados (02/11) no povoado Vila São Francisco, zona rural de Araioses-MA. Os dois agricultores de Parnaíba identificados apenas como Antônio e Márcio estavam morando no local há cerca de dois meses. Os dois viviam em casebres improvisados cuidando de um terreno que posteriormente seria utilizado para a agricultura.
Um dos corpos foi enterrado em uma cova rasa no mesmo terreno. O outro foi amordaçado e o corpo jogado em uma estrada vicinal de areia. A motivação do duplo homicídio ainda não foi confirmada pela Polícia Civil do Maranhão, mas moradores da região acreditam que os acusados mataram para roubar.
Idosos viviam em casebres. (Crédito: Kairo Amaral)
“Eles são acostumados a roubar. Um dos que foi preso é até meu irmão de criação, mas na realidade ele é filho de uma tia minha, ou seja é meu primo legítimo. Uma vez ele chegou a roubar a própria mãe de criação”, disse Francisco das Chagas, primo de um dos acusados.

Após o crime, policiais civis e militares de Araioses-MA prenderam Laércio Pereira Araújo e Edilton Rodrigues Portugal, principais suspeitos. Na delegacia da cidade eles negaram as acusações. Segundo eles, um dos idosos mortos foi quem cometeu o primeiro homicídio e a própria população teria matado o outro por revolta.

Laércio e Edilton. (Crédito: Kairo Amaral)
Quando a gente foi na casa de um dos suspeitos, ele falou que tinha só batido no agricultor e amarrado. Eles alegam que foi este que matou o primeiro e que por isso o amarram. Mas a contradição está na segunda morte. Como eles falam que só amarraram se depois a vítima apareceu morta na estrada?”, indagou o policial civil Amarildo Miranda.
Os corpo foram removidos para uma funerária de Araioses-MA. Em um dos terrenos, uma tesoura com manchas de sangue e uma carteira porta documentos (sem nada dentro) foram apreendidas. O delegado Alex Rêgo vai presidir o inquérito policial que investigará o caso.
Assista na reportagem da rede Meio Norte: 

Por Kairo Amaral/Meio Norte | Edição: Jornal da Parnaíba