A pressão pela saída do cargo foi crescendo ao longo da gestão e sendo encorpada por diversos setores
Ministro da Educação, Abraham WeintraubFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Abraham Weintraub, uma das figuras mais controversas do governo Bolsonaro, anunciou que vai deixar o cargo. O comunicado foi feito na tarde desta quinta-feira (18) pelo agora ex-ministro e pelo presidente Jair Bolsonaro. Weintraub assumiu o cargo em abril de 2019 após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez
Em vídeo ao lado do presidente, ele agradece o “apoio e carinho” e disse que recebeu convite para ser diretor “um grande banco internacional” e que não quer discutir no momento os motivos para sua saída
A pressão pela saída do cargo foi crescendo ao longo da gestão e sendo encorpada por diversos setores. A primeira grande reação ao nome do ex-ministro começou no ano passado, quando ele determinou o contingenciamento de recursos destinados a universidades públicas.
Veja o vídeo:

O ministro sai em meio a investigações sobre racismo contra chineses, devido a um post nas redes sociais, e por ter pedido prisão para ministros do Supremo Tribunal Federal em uma reunião ministerial.
Sem experiência específica na área de educação, Weintraub assumiu o MEC em abril do ano passado no lugar de Ricardo Veléz, outra gestão marcada por crises internas, revezes e dezenas de baixas.
Uma das primeiras ações de Weintraub foi o anúncio de um contingenciamento de 30% no orçamento de universidades federais que promovessem “balbúrdia” e tivessem desempenho abaixo do esperado.
Houve forte reação, e estudantes e simpatizantes foram às ruas de 190 cidades, incluindo todas as capitais, em defesa da educação no maior protesto do primeiro ano de governo Bolsonaro.
Fonte: Congresso em Foco