Casos de rabdomiólise ou ‘doença da urina preta’, associada ao consumo de peixes, são investigados em ao menos três estados brasileiros. A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Piauí (CIEVS-PI), publicou nota alertando a população sobre o crescente número de casos suspeitos de Doença de Haff/urina preta em alguns estados da Federação.

A Secretaria de Estado da Saúde, através do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Piauí (CIEVS-PI), publicou nota alertando a população sobre o crescente número de casos suspeitos de Doença de Haff/urina preta em alguns estados da Federação. A maioria está concentrada no Amazonas, onde já foram notificados mais de 60 casos suspeitos.

Mas, a Sesapi tranquilizou a população piauiense, já que o Piauí não registra nenhum caso suspeito ou confirmado da doença.

De acordo com a nota do Cievs, a contaminação se dá por meio de uma toxina que pode ser encontrada em peixes como o tambaqui, badejo, piratinga, arabaiana ou em crustáceos, como a lagosta, caranguejo e o camarão. A toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada.

Doença da urina preta

A rabdomiólise é uma síndrome que decorre da lesão muscular, com a liberação de substâncias intracelulares para a circulação sanguínea. Não há tratamento específico para a doença. Ela ocorre normalmente em pessoas saudáveis, na sequência de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas, infecções e ingestão de alimentos contaminados, que incluem o pescado.

Medidas de controle

  • Evitar comer pescados crus
  • Não consumir pescados ou crustáceos de origem, transporte ou armazenamento desconhecidos. O ideal é comprar esses produtos em locais cuja procedência ofereça segurança
  • Recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) e TGO para observação da alteração dos valores normais nos exames
  • Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta. Neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 ou 72 horas
  • Não é indicado uso de anti-inflamatórios
  • Orientar a população a buscar uma unidade de saúde no caso de aparecimento dos sintomas
  • Identificar outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possíveis novos casos da doença
  • Recomenda-se coleta de amostras de alimentos para o setor de microbiologia de alimentos

 
Com informações da Sesapi