Eva Maria Sousa quer ajudar nas negociações para fazer o filho se entregar, mas ainda não foi contatada pelas autoridades
A família de Lázaro Barbosa de Sousa — suspeito de assassinar quatro pessoas em Ceilândia Norte, entre 9 e 12 de junho — continua na expectativa de que ele se entregue. Os parentes do foragido gostariam de auxiliar em possíveis negociações entre ele e a polícia.
No entanto, as autoridades não convidaram qualquer conhecido do acusado para atuar nessa tarefa, por enquanto. A mãe do fugitivo, Eva Maria Sousa, 51 anos, disse que não tem condições de contratar um advogado para o filho, mas conta com a ajuda de um profissional de Brasília que se dispôs a colaborar com a negociação. Mais uma vez, ela pediu que Lázaro se renda.
As autoridades não convidaram qualquer conhecido do acusado para atuar nessa tarefa, por enquanto - Foto: Divulgação
Eva Maria acredita que a prisão do filho seria a melhor solução neste momento. Desde o assassinato dos integrantes da família Marques Vidal, ela só conversou com Lázaro em uma ocasião. “Ele entrou em contato uma vez, por telefone. Eu estava muito nervosa e perguntei para ele ‘Cadê a mulher (Cleonice — que estava desaparecida, à época)?’. Ele disse ‘Não sei. Não está comigo’. Depois, não falou mais nada e desligou, quando falei para ele que meu telefone estava rastreado”, detalhou.
Lázaro ligou para a mãe de um número desconhecido, segundo ela. Depois que Eva Maria tentou retornar as ligações, o filho não a atendeu mais. Esse foi o último contato entre ele e os parentes desde o início das buscas, em 9 de junho. Devido à perseguição de pessoas que querem fazer justiça com as próprias mãos, segundo a entrevistada, a família do fugitivo têm trocado de telefone e endereço com frequência. “Está muito difícil. Não tenho cabeça para nada. Não consigo viver mais. Para mim, a vida acabou”, desabafou a mãe.
Família vive à base de doações
Atualmente, a família sobrevive à base de doações. Muitos conhecidos se afastaram depois que descobriram a ligação entre Eva Maria e Lázaro. “Estamos em um lugar onde não há emprego. Mas, por medo, não estou procurando agora. Recebemos ajuda de algumas pessoas, só que é difícil, porque, aqui (onde a família está), todo mundo é muito pobre”, contou.
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