Segundo o presidente, o novo Fundo Eleitoral será vetado porque ele precisa "conviver em harmonia com o Legislativo".
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em entrevista à TV Brasil que vai vetar o Fundo Eleitoral de R$ 5,7 milhões. Segundo ele, o novo Fundo Eleitoral será vetado porque ele precisa "conviver em harmonia com o Legislativo".
"Posso adiantar para você que ela não será sancionada, porque, afinal de contas, eu tenho que sempre conviver em harmonia com o Legislativo. Nem tudo que eu apresento ao Legislativo é aprovado e nem tudo que o Legislativo aprova, vindo deles, eu tenho obrigação de aceitar do lado de cá. Mas a tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito ao trabalhador, ao contribuinte brasileiro", disse o chefe do Executivo.
Valor é "astronômico"
Bolsonaro avaliou ainda que o valor é "astronômico" para "fazer campanha eleitoral" e ressaltou que o dinheiro seria melhor aproveitado se fosse remanejado para o Ministério do Desenvolvimento Regional ou para o Ministério da Infraestrutura.
Porto Velho-Manaus
"Imagina na mão do ministro [da Infraestrutura] Tarcísio [Gomes de Freitas] o que poderia ser feito com esse dinheiro. Poderia, por exemplo, ter concluído Porto Velho-Manaus que é um anseio da população do Amazonas. Então, a bancada do Amazonas, a bancada de Rondônia, poderia ter sugerido isso daí", disse.
“Se esse recurso vai para a mão do ministro [do Desenvolvimento Regional] Rogério Marinho, você pode concluir as obras de água no Nordeste", concluiu.
Presidente Jair Bolsonaro diz que vai vetar o novo Fundo Eleitoral Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Congresso aprova LDO para 2022
Na última quinta-feira (15), o Congresso Nacional aprovou o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022. No Plenário da Câmara dos Deputados, o texto foi aprovado por 278 votos a 145. Já o placar no Senado Federal foi de 40 a 33.
Com o resultado, a matéria seguiu para sanção presidencial.
A LDO determina as metas e prioridades para os gastos do governo para o ano que vem. Entre os principais pontos do texto aprovado, está o aumento dos recursos destinados ao financiamento da campanha eleitoral do próximo ano.
Segundo cálculos dos técnicos da Comissão Mista de Orçamento (CMO), o valor para financiamento público de campanha passará a ser exatamente de R$ 5,73 bilhões, no entanto, esse montante não aparece no relatório final. Em 2020, foram R$ 2 bilhões, quando foram eleitos prefeitos e vereadores.