A prisão foi realizada na manhã desta quarta-feira (22), após denúncias sobre um suposto gabinete paralelo no MEC.  
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (22) operação que tem como alvos o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores suspeitos de montar um gabinete paralelo para liberação de verbas dentro do Ministério da Educação (MEC).
Milton Ribeiro - Ministro da Educação
Fábio Rodrigues/Agência Brasil
De acordo com informações da TV Globo Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são alvos de mandados de prisão. A PF investiga Ribeiro por supostamente ter favorecido os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e a atuação informal deles na liberação de recursos do ministério. Há suspeita de cobrança de propina.
Ainda segundo informações da Globo a operação deflagrada nesta quarta investiga a prática de tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.
Entenda
O inquérito foi aberto após o jornal "O Estado de S. Paulo" revelar, em março, a existência de um "gabinete paralelo" dentro do MEC controlado pelos pastores. Dias depois, o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou um áudio de uma reunião em que Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, repassava verbas para municípios indicados pelo pastor Gilmar Silva.

Gilmar Silva e Ministro Milton Ribeiro.
Reprodução
Após a revelação do áudio, Ribeiro deixou o comando do Ministério da Educação. O caso envolve suspeitas de corrupção. Prefeitos denunciaram pedidos de propina – em dinheiro e em ouro – em troca da liberação de recursos para os municípios. Milton Ribeiro disse que pediu apuração dessas denúncia à Controladoria-Geral da União.
Em áudio o ministro diz que o pedido foi feito diretamente pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro. "Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", complementou Ribeiro.
Fonte: G1