Segundo o DHPP, todos tiveram participação direta na morte da garota em uma espécie de ‘tribunal do crime’.
O Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) realizou nesta quinta-feira (04), a prisão de mais três suspeitos no assassinato da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, de 14 anos, em abril deste ano. Os mandados foram cumpridos na região da Vila Palitolandia, na zona Sul de Teresina.
Em entrevista ao Meionorte.com, a delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do DHPP, explicou que foi deflagrada hoje a segunda fase da operação referente ao caso e teve como alvo duas mulheres e um homem, todos maiores de idade, que tiveram participação direta na morte da garota em uma espécie de ‘tribunal do crime’.
Caso Maria Camila: DHPP prende mais 3 suspeitos da morte da adolescente (Foto: Rede Meio Norte)
“A informação é que eles fazem parte de uma facção e a motivação teria sido ligada a facção. Eles teriam participado de forma ativa na espécie de tribunal do crime. Foi instaurado um novo inquérito para poder identificar e prender mais indivíduos”, destacou ainda a delegada. 
De acordo com a investigação do caso, a adolescente foi torturada e executada por causa de uma tatuagem em alusão a facção rival. Três envolvidos no assassinato já haviam sido presos no mês de junho. Entre os investigados está Thamires da Silva Azevedo, conhecida como “Bibi”, apontada como sendo uma das líderes de uma facção criminosa na zona Norte de Teresina.
O caso
O corpo da adolescente Maria Camila Ferreira Nascimento, de 14 anos, que estava desaparecida foi encontrado na tarde do dia 27 de abril no Povoado Extrema, na região da Usina Santana, zona Sudeste de Teresina. O local era de difícil acesso.
A jovem desapareceu após supostamente ter sido levada por um grupo de criminosos na região da Vila Irmã Dulce, na zona Sul de Teresina. Os familiares iniciaram uma campanha nas redes sociais e buscam por informações a respeito do paradeiro da jovem. A jovem estava com as mesmas vestimentas de quando desapareceu, o que ajudou na identificação. O corpo apresentava sinais de violência.
delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do DHPP (Foto: Rede Meio Norte)