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O Superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, delegado Matheus Zanatta, repreendeu um jovem acusado da prática do ‘grau’ no litoral piauiense. A Polícia Civil cumpriu 31 mandados judiciais em mais uma ação contra o crime a imprudência no trânsito.
Entre os alvos, um caso que chama atenção é que o irmão de um dos investigados morreu no ano passado em um acidente enquanto empinava moto. Ao encontrá-lo, o delegado fez questão de reforçar o pedido para que ele parasse de colocar em risco a segurança pública e a ordem social.
“Estamos com uma ordem judicial de busca e apreensão, não tem prisão para você não, certo? É em virtude do ‘grau’, você já sabe que estamos fazendo vária operações contra o rolezinho. O juiz determinou também a exclusão da sua conta, o seu perfil está excluído, nós vamos fazer a busca aqui na casa e apreender a sua motocicleta. O teu irmão faleceu ano passado vítima de acidente enquanto fazia o ‘grau’, vamos tentar se conscientizar, teu irmão já faleceu em virtude do ‘grau’, ajude a gente a conscientizar o pessoal”, pediu o delegado.
O jovem declarou que nunca praticou o ‘rolezinho’: “A busca é mais pelo Instagram mas essa questão de rolezinho a gente nunca fez por aqui não, só em evento fechado”, disse.
OPERAÇÃO ROLEZINHO
A ação foi realizada de forma simultânea nos municípios de Parnaíba, Ilha Grande, Buriti dos Lopes, Cocal, Cocal dos Alves e Itaueira, resultando no cumprimento de 31 mandados de busca e apreensão.
A operação teve como objetivo a coleta de provas e a interrupção das atividades ilícitas associadas a esses eventos. Segundo as investigações, os participantes promoviam infrações, como direção perigosa, adulteração de sinal característico de veículo automotor, além de perturbação do sossego e apologia ao crime. As redes sociais, especialmente o Instagram, eram utilizadas para incentivar a adesão de novos integrantes.
Matheus Zanatta, destacou a importância das medidas adotadas para conter a prática ilícita. "Com o avanço das investigações, conseguimos a aplicação de medidas cautelares fundamentais, como a suspensão da habilitação de 20 investigados, bem como a proibição de sua obtenção, impedindo que os investigados continuem a cometer infrações de trânsito”, afirmou.
A Justiça também determinou que a Meta Platforms, Inc. (responsável pelo Facebook e Instagram) restrinja a disseminação de conteúdos ilícitos associados às infrações investigadas.
A decisão estabelece a a remoção de todo o material relacionado às práticas ilegais em 20 contas, eliminando publicações que incentivam condutas criminosas, exclusão permanente de 11 contas, que, além de violarem as diretrizes da comunidade, promoviam a desordem social e faziam apologia a crimes e suspensão temporária de três contas, com a obrigação de exclusão imediata de todo o conteúdo vinculado às infrações investigadas.
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