Dezenas
de milhares de computadores de uma centena de países, entre eles Rússia,
Espanha, México e Itália, foram infectados na sexta por um vírus "ransonware", explorando uma
falha nos sistemas Windows, exposta em documentos vazados da Agência Nacional
de Segurança dos Estados Unidos (NSA).
Os ataques usam vírus de
resgate, que inutilizam o sistema ou seus dados até que seja paga uma quantia
em dinheiro - entre US$ 300 e US$ 600 em Bitcoins, segundo o grupo russo de
segurança Kaspersky Lab. Ou seja, eles "sequestram" o acesso aos
dados e pedem uma recompensa.
A onda de ataques atingiu
quase uma centena de países em todo o mundo, afetando o funcionamento de muitas
empresas e organizações, como hospitais britânicos, a gigante espanhola
Telefónica e a empresa francesa Renault.
No
Brasil, empresas e órgãos públicos de 14 estados mais o Distrito Federal também
foram afetados.
"O ataque é de um
nível sem precedentes e exigirá uma complexa investigação internacional para
identificar os culpados", afirmou em um comunicado a Europol.
No
Brasil, os ciberataques levaram várias
empresas e órgãos públicos a tirarem sites do ar e desligarem seus computadores:
·
Petrobras
·
Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) em todo o Brasil
·
Tribunais da Justiça de São Paulo,
Sergipe, Roraima, Amapá, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Rio Grande do Norte, Piauí, Bahia e Santa Catarina
·
Ministério Público de São Paulo
·
Itamaraty
·
Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE)
Como é o ataque
Os
vírus de resgate são pragas digitais que embaralham os arquivos no computador
usando uma chave de criptografia. Os criminosos exigem que a vítima pague um
determinado valor para receber a chave capaz de retornar os arquivos ao seu
estado original.
Quem
não possui cópias de segurança dos dados e precisa recuperar a informação se vê
obrigado a pagar o resgate, incentivando a continuação do golpe.
Como o vírus chega aos computadores?
O
vírus chega às máquinas por e-mail e por meio de uma brecha do Windows, vazada na
internet em abril. O defeito existia no Windows até 14 de março,
quando uma atualização da Microsoft corrigiu o problema. Quem não atualizou o
computador está vulnerável ao ataque. A brecha permite que o vírus contamine
outros computadores, em especial na mesma rede, sem precisar de nenhuma
interação do usuário.
Fonte G1/Tecnologia e
Games
by/PH