A Prefeitura de Cocal ainda não se posicionou sobre o problema.
Samu de Cocal passou por interdição ética. — Foto: Divulgação/Coren-PI
A interdição ética do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Cocal, pelo Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI), deve afetar mais de 50 mil pessoas no Norte do Piauí. O local foi fechado nessa quarta-feira (4) após uma vistoria da entidade encontrar várias irregularidades e ilegalidades, entre elas, a ausência de enfermeiros.
Segundo a presidente do Coren-PI, Tatiana Melo, somente em Cocal o Samu atende 28 mil pessoas. O serviço também presta atendimento aos pacientes dos municípios de Cocal dos Alves, Caxingó, Caraúbas e Luís Correia.
Samu de Cocal passou por interdição ética. — Foto: Divulgação/Coren-PI
"A interdição é uma medida extrema. É a última ação do Conselho, que já tinha uma notificação, desde 31 de julho 2018, para que corrigissem várias irregularidades no serviço. O Samu funciona sem estrutura para os profissionais e põe em riscos os pacientes", declarou.
Conforme o Coren-PI, no Samu de Cocal o profissional da saúde aguardava a ocorrência junto com balas (cilindros) de oxigênio, com risco de explosão. Além disso, o local só tem uma cama, sendo que os plantões contam com um condutor e um técnico de enfermagem. Uma rede foi instalada para resolver o problema, mas a parede estava rachada.
Samu de Cocal passou por interdição ética. — Foto: Divulgação/Coren-PI
"Lá tem muitos riscos para a segurança do profissional, além da ambulância ter medicamento vencido, instrumento não esterilizado, o profissional trabalha em um local sem estrutura para ser uma base de Samu, colocando em risco a assistência à população", contou a presidente.
De acordo com Tatiana Melo, durante um ano o Conselho tentou evitar a interdição, solicitando a contratação do enfermeiro, escala completa dos profissionais e a correção de outras irregularidades. Somente após sanar os problemas, o Samu será desinterditado.
Samu de Cocal passou por interdição ética. — Foto: Divulgação/Coren-PI
"A desinterdição vai depender da correção, contratar equipe completa e sanar as irregularidades. Para funcionamento da ambulância básica, segundo a lei por exemplo, precisa de um enfermeiro, um técnico de enfermagem e um condutor. O segundo profissional não pode trabalhar sem a supervisão do superior", disse.
Para solucionar as irregularidades, o Coren-PI aguarda posicionamento da Prefeitura e Secretaria de Saúde de Cocal. O G1 buscou a assessoria de comunicação da Prefeitura e aguarda posicionamento.
Por Maria Romero e Catarina Costa, G1 PI