Tempo quente e seco predomina no Piauí até o mês de novembro

Tempo quente e seco predomina no Piauí até o mês de novembro
Chuvas que caíram no início do ano, não se seguiram nos próximos meses.
Precipitações irregulares terão reflexos diretos na agricultura.
Do G1 PI
Tempo quente vai predominar no Piauí até novembro (Foto: Priscilla Alves/ G1)
Os piauienses já sentem, desde o mês de maio, os efeitos das altas temperaturas e do fim do período chuvoso. As fortes chuvas que caíram em janeiro e início de fevereiro, não se seguiram nos meses seguintes, que tiveram precipitações irregulares e abaixo da média, tendo reflexos diretos na agricultura, que registra baixa na produção de alguns alimentos. A atuação do fenômeno El Niño explica o ocorrido no período, isso é o que apontam as observações do setor de Hidrometeorologia da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar).
“As chuvas que caíram no Piauí no início do ano foram muito boas para encher nossos reservatórios de água e garantir o abastecimento da população que depende diretamente de nossos açudes. Algumas barragens chegaram a sangrar, inclusive, devido ao grande volume de chuvas que tivemos no mês de janeiro. No entanto, o fim do período chuvoso já causa tempo quente e seco em todo o Piauí, situação que perdura até o mês de novembro, quando as chuvas voltam a cair no estado”, afirma Sônia Feitosa, gerente de Hidrometeorologia da Semar.
Ainda de acordo com a meteorologista, chuvas isoladas devem continuar ocorrendo este mês, principalmente na região Norte do Piauí, mas isso não é suficiente para amenizar a temperatura. "A previsão é que o período compreendido entre os meses de outubro a dezembro, popularmente conhecido como B-R-Ó Bró, seja mais quente e seco do que foi o ano passado, quando tivemos temperaturas acima da média registrada em 2014", completa Sônia.
“Tudo indica que a seca este ano abranja uma área maior do Piauí, chegando a ser extrema, a menos que ocorra o fenômeno conhecido como La Niña, considerado o oposto do El Niño, que pode se dá entre julho e setembro e no Nordeste poderá ser observada uma intensificação das chuvas. Se isso não ocorrer, teremos meses bastante quentes e secos até o fim deste ano”, finaliza Feitosa.
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