Detento era líder de quadrilha desbaratada na
Operação Tsunami.
Aviso seria de que após a fuga ele iria para o litoral piauiense.
Entre os presos
que fugiram da Penitenciária Irmão Guido na manhã deste sábado (25) estão os
dois irmãos gêmeos que foram apresentados pela Polícia Civil como os chefes da
quadrilha desbaratada
na quarta-feira (22) durante a Operação Tsunami. Um dos fugitivos, inclusive teria avisado o destino após
a fuga: a cidade de Parnaíba, que em conjunto com Luís Correia sediam as
principais festas de carnaval do litoral piauiense.
De acordo com o
Sindicato dos Agentes penitenciários (Sinpoljuspi) afirmou que os dois presos
estão na lista dos 26 presos que fugiram da Penitenciária Irmão Guido por volta
de 9 da manhã deste sábado. "Os dois estão entre os que fugiram e por isso
estamos sem acreditar como a Secretaria de Justiça não detectou a possibilidade
de eles empreenderem fuga. A Polícia Civil fez uma operação e a Sejus foi
incapaz de transferir", comentou o diretor jurídico do Sinpoljuspi,
Vilobaldo Carvalho.
Vilobaldo disse
ainda que um dos presos avisou para onde iria, dando pistas da fuga.
"Antes da fuga havia um vídeo em que um dos gêmeos dizia que ia para
Parnaíba, inclusive dizendo que podia deixar tudo preparado", relatou o
diretor enfatizando que a partir da Operação Tsunami os presos deveriam ter
sido transferidos imediatamente. Segundo Vilobaldo Carvalho a Sejus tinha
informações também a respeito da fragilidade da Penitenciária Irmão Guido.
"Em 2015
entregamos um relatório em que presos informam que em 40 minutos conseguiriam
empreender uma fuga pela parede do presídio ser frágil. Inclusive pedimos a
instalação de um piso mais forte, com concreto", disse Vilobaldo. O
diretor ainda criticou a iniciativa da Sejus de punir os agentes penitenciários. "Quando acontece tudo isso depois da superlotação e da
falta de agentes a secretaria quer punir os agentes", reforçou.
A Secretaria de
Justiça informou que um dos gêmeos já foi recapturado.
Quadrilha tinha
atuação em Teresina e Parnaíba.
De acordo com a Polícia Civil as orientações para a quadrilha eram repassadas a partir de visitas de familiares que transmitiam para outros criminosos, que atuam em Teresina e Parnaíba. Segundo o delegado Willame Moraes, coordenador da Grupo de Repressão ao Crime Organizado, as orientações para a quadrilha também eram repassadas por telefone. “Essas ordens desses dois são repassadas para fora do presídio através das visitas e dos telefones também, que é objeto de investigação. Eram repassadas para comparsas de fora que cumpriam essas ordens”, explicou o delegado. Com a diversificação das áreas de atuação o grupo passou a se dividir atuando de modo separado.
De acordo com a Polícia Civil as orientações para a quadrilha eram repassadas a partir de visitas de familiares que transmitiam para outros criminosos, que atuam em Teresina e Parnaíba. Segundo o delegado Willame Moraes, coordenador da Grupo de Repressão ao Crime Organizado, as orientações para a quadrilha também eram repassadas por telefone. “Essas ordens desses dois são repassadas para fora do presídio através das visitas e dos telefones também, que é objeto de investigação. Eram repassadas para comparsas de fora que cumpriam essas ordens”, explicou o delegado. Com a diversificação das áreas de atuação o grupo passou a se dividir atuando de modo separado.
“Esse grupo se
estendeu e os objetos visados por eles mudaram, se criando dois grandes grupos:
um para explosão de caixas eletrônicos e outro que faz arrombamentos a
estabelecimentos comerciais”, relatou o delegado. Mesmo atuando separadamente,
os grupos se interligam através de alguns membros. “De caixas eletrônicos nós
já temos 15 pessoas presas, 3 hoje e 12 anteriormente. Relacionadas à quadrilha
de assaltos e arrombamentos temos 9 pessoas presas hoje e anteriormente temos
5. Temos 29 presos ao todo”, afirmou.
A Secretaria de
Justiça, por meio de nota, disse que está dando pleno apoio à Delegacia
Regional de Parnaíba, ao Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e ao
Núcleo de Inteligência da Segurança Pública, na condução das investigações da
Operação Tsunami.
Fonte: Carlos Rocha / G1-PI


