A ressocialização do preso frente à crise do sistema prisional é a solução defendida como a ideal; mas desafiadora. Em Parnaíba, a penitenciária mista Fontes Ibiapina têm ações sociais voltadas para a reeducação dos detentos para que possam se instruir e ter uma profissão. O presídio dispõe de duas turmas de ensino das séries iniciais. A professora Débora Dias de Oliveira informou que chegou a encontrar ex-presidiários no ensino regular e que foram estudantes dentro da penitenciária.



Francisco Anderson acredita que o ensino seja uma oportunidade de reabilitação e afirmou ter mudado a maneira de pensar. Paulo Ricardo apresentou interesse de conseguir trabalho ao sair do presídio e, por isso, está estudando. Sebastião Marques sabe fazer canoas e participou do curso de padeiro e disse que vai montar sua própria padaria. Inclusive, ele e os colegas produzem os pães consumidos no presídio.
Para quem se identifica com o contato junto a natureza, uma horta foi criada e novas habilidades precisaram apreendidas por detentos como Paulo Osório que afirmou ter aprendido a lidar com a horticultura, de onde sai o tempero da alimentação dos detentos.


Os detentos que querem a oportunidade da reeducação são poucos. Eles passam a acreditar que podem mudar diante de uma atitude adversa cometida anteriormente. Mas a decisão de mudança requer esforço e nova conduta. O estudo é uma das atividades prioritárias para quem deseja mudar de condição. Os resultados positivos são fruto de um trabalho conjunto entre gestão e profissionais do presídio, que articulam tais atividades de ressocialização para os reclusos.
O maior desafio é assegurar a ressocialização dos presos, que dependente também da boa vontade dos mesmos que é buscar a mudança começando pela conduta. Segundo Fernando Caldas, diretor da penitenciária de Parnaíba, a conduta dos presos e suas habilidades são analisadas e o depois o detento recebe o convite para colaborar com o presídio, tendo como retorno a remissão de pena.
Por Daniel Santos/PCN