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APolícia Militar (PM) do Piauí vai mobilizar mil homens para fiscalizar o concurso da instituição, marcado para o próximo dia 9 de julho. O anúncio foi feito pelo comandante da PMPI, coronel Carlos Augusto, ao participar de audiência pública realizada na sala da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Piauí. A reunião debateu as fraudes ocorridas em concursos organizados pelo Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe) da Universidade Estadual do Piauí (Uespi).
O reitor da Uespi, Nouga Cardoso, afirmou que nunca houve vazamento de gabaritos das provas dos concursos organizados pelo Nucepe e que não há indícios de que as fraudes tenham ocorrido dentro daquele órgão.
O presidente do Nucepe, Pedro Soares, disse que o Núcleo de Concursos da Uespi tem sido vítima de quadrilhas que fraudam concursos em todo o país e que estão sendo adotadas medidas para evitar que os novos certames sejam prejudicados pelos fraudadores. O delegado geral Riedel Batista disse que as investigações sobre as fraudes no concurso da PMPI ainda não foram concluídas e que o Nucepe é um parceiro da Polícia Civil no combate às irregularidades.
O representante da Secretaria de Justiça, Valter Queiroz, pediu que os próximos concursos tenham a prova de redação, o que, segundo ele, contribuirá para evitar as fraudes. Já o promotor Fernando Santos concordou que a prova de redação é importante contra as irregularidades e defendeu que a Polícia Civil continue monitorando os concursos porque as quadrilhas continuarão sempre tentando fraudar os certames.
O deputado João de Deus afirma que é preciso garantir a preservação do concurso como uma conquista que garante um acesso justo ao emprego público.
Gabaritos eram vendidos por R$ 20 mil
O deputado estadual e professor João de Deus (PT) promoveu uma audiência pública na Assembleia Legislativa e foi revelado que os gabaritos das provas de concursos públicos promovidos no Piauí pelo Governo do Estado e pelo Tribunal de Justiça (TJ) eram vendidos a R$ 20 mil e as quadrilhas que atuam fraudando os concursos públicos piauiense têm conexão com quadrilhas nacionais.
João de Deus falou que participaram da audiência pública o promotor de Justiça Francisco Santos; o reitor da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Nouga Cardoso; o comandante da Polícia Militar (PM), coronel Carlos Augusto; e o delegado da Polícia Civil, Riedel Batista. “Todos discutiram a pauta, que é a fraude nos concursos públicos do Piauí. Tivemos um debate e o Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe) quis saber da Polícia Militar quais as falhas que teria cometido”, falou.
No final da audiência pública, o deputado anunciou que entrou com proposta de projeto de lei apresentada na Assembleia incluindo a prova de redação e de questões subjetivas nas provas dos concursos públicos, “Segundo as autoridades, a prova de redação será incluída porque exige mais dos candidatos e duas provas não podem ser iguais”, falou João de Deus.
De acordo com João de Deus, o projeto de lei que será votado na Assembleia Legislativa prevê que o candidato aprovado, mas envolvido em fraude perderá o cargo para o qual passou. O presidente do Nucepe, Pedro Soares, disse que o órgão estuda ampliar o tempo de permanência do candidato fazendo a prova e a colocação de lacre nas descargas de todos o vasos sanitários dos banheiros para que eles não sejam utilizados pelos fraudadores para se livrar de objetos, como celulares, e de gabaritos.
O reitor Nouga Cardoso disse que a anulação do concurso ocorreu porque a Polícia Militar tem pressa em contratar novos soldados e a realização de um novo concurso demoraria menos tempo, já que o caso das fraudes poderia ir para a Justiça.
Fonte:MN