Em decisão divulgada nessa terça-feira (03/04) a juíza Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal do Júri pronunciou o réu Allison Wattson, ex-policial militar acusado de matar a namorada Camilla Abreu. Ele irá a Júri Popular, em data ainda a ser marcada, respondendo pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual
Segundo a juíza, as declarações prestadas pelo acusado, os depoimentos e as provas periciais comprovam homicídio doloso, que é o requisito para que o caso seja julgado pelo Tribunal Popular do Júri. 
"A desclassificação só pode ser reconhecida se houver provas indubitáveis de que o acusado previu o resultado, porém não o desejou ou não assumiu o risco, o que não ocorre nesses autos", disse.
O ex-policial permanecerá isolado provisoriamente e ficará assim até o julgamento pelo Tribunal do Júri. A juíza diz que a medida é necessária para o resguardo da ordem pública.
O acusado se encontra segregado provisoriamente e nesta condição deve aguardar o julgamento pelo Tribunal do Júri, como medida necessária ao resguardo da ordem pública. Como efeito, existem indícios suficientes da autoria atribuída ao acusado quanto aos delitos descritos na denúncia, além de que existem fatos que demonstram que a soltura do acusado seria de grande prejuízo à instituição, visto o modo de execução da vítima, o intuito do acusado de atrapalhar a investigação e, também se verifica nos autos o medo de represália das testemunhas", disse a juíza Zilnar Coutinho.
SOBRE O CRIME
Camilla Abreu, na época com 22 anos, era estudante de direito e namorava com o policial Allison Wattson há 10 meses, quando no dia 26 de outubro de 2017, desapareceu após sair com ele. Depois de dias de investigação, a Delegacia de Homicídios descobriu que o militar teria a matado com um tiro no rosto dentro do seu carro, jogado o corpo em um matagal e tentado limpar os indícios do crime, inclusive com a tentativa de se desfazer do veículo.
Fonte:180 Graus