Carlos Henrique Quixaba, advogado e irmão do estudante de engenharia de pesca, Rodrigo Quixaba, apontando como agressor da árbitra Eliete Maria Fontenele durante uma partida de futsal na segunda-feira (3) em Parnaíba no Litoral do Piauí, falou ao G1 nesta quarta-feira (5) e disse que o estudante se escondeu e ainda não apareceu porque tem sido ameaçado.
“Ele ainda não compareceu à sociedade porque tem recebido muitas ameaças de estudantes, de pessoas que querem combater a violência gerando mais violência, há policiais ameaçando agredi-lo. Ele tem recebido ameaças de morte e de linchamento, por isso não apareceu. Ele está completamente arrependido, pela repercussão que o caso está tendo. Ela já foi árbitra dele em outras ocasiões”, afirmou.
De acordo com a árbitra, na ocasião houve um atrito entre dois jogadores dos dois times que participavam da partida. A partir da discussão, outros jogadores se envolveram, gerando uma briga generalizada em quadra. Para retomar o controle do jogo, Eliete expulsou os dois jogadores que iniciaram a confusão. Após isso, o agressor partiu para cima da vítima.

O advogado disse ainda que o jovem não é considerado foragido porque, segundo ele, ainda não há um procedimento processual do caso.
“Meu irmão aguarda receber um comunicado do delegado para que ele possa comparecer à delegacia, muito se comenta na imprensa que ele está sendo procurado ou esteja foragido, mas não existe nenhum procedimento administrativo e nem processual contra ele. A vítima nem foi ouvida pela polícia ainda, portanto, o Rodrigo só pode prestar depoimento depois que a vítima for ouvida pelo delegado”, disse.
Carlos Henrique Quixaba disse que esteve na delegacia na terça-feira (4) e foi informado pelo delegado responsável que Rodrigo Quixaba será convocado para comparecer à delegacia para contar sua versão dos fatos.
Sobre a agressão, o irmão disse que Rodrigo Quixaba contou ter agredido Eliete Maria Fontenele durante um momento acalorado, depois que os dois times se envolveram em uma discussão durante a partida. O advogado também negou que o irmão tenha cometido o crime porque a vítima era uma mulher.
“O Rodrigo vai se justificar, só ele pode dizer melhor o que aconteceu, mas afirmou que ele não teve a intenção de agredi-la. Também não foi por se tratar de uma mulher. Ela era uma árbitra, poderia ser um homem ou uma mulher, ela não agrediu só porque era uma mulher. Ele vai fazer um breve comentário sobre isso, não tinha intenção, ele não é marginal até porque ele é estudante universitário, ele não é vagabundo porque quem é vagabundo é quem não tem o que fazer”, declarou.
O advogado acrescentou que ainda vai à Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) para saber como ficou a situação dele, já que a instituição informou estar avaliando o regulamento para saber se o caso é passível de expulsão.
Fonte: G1-PI