No dia primeiro de junho de 2009, hoje completando 10 anos, o voo 447 da Air France, que fazia a rota Rio de Janeiro/Paris, teve fim trágico, caindo nas águas do Oceano Atlântico e matando 228 pessoas. Entre as vítimas fatais da tragédia havia 59 brasileiros. Em meio ao resgate de corpos, dúvidas sobrecausas do acidente.

AP
Os principais lances do acidente e da sua investigação e se detiveram nas perguntas sem resposta sobre o que teria provocado o desastre sobre o Oceano Atlântico.

Intensas buscas foram feitas durante dias, sem que houvesse qualquer sinal do avião mergulhado no fundo mar.O desaparecimento do voo 447 foi uma história fácil de se transformar em lenda. Nenhum outro jato de passageiros na história moderna havia desaparecido de forma tão completa – sem ao menos um aviso de Mayday, uma testemunha ou mesmo um traço no radar. O próprio avião, um Airbus A330, era considerado um dos mais seguros. Ele estava equipado com um sistema automático de voo que havia sido desenvolvido para reduzir o erro humano ao permitir que computadores controlassem diversos aspectos do voo.

APE quando, no meio da noite, no meio do oceano, o voo 447 pareceu desaparecer no céu, foi tentador acreditar numa história muito bem amarrada sobre a arrogância de se construir um avião capaz de voar sozinho, Ícaro caindo do céu. Ou talvez o voo 447 fosse o Titanic, um navio que era impossível de afundar e que agora está no fundo do mar.Mas o mistério do voo 447 exige respostas de verdade e não apenas para as famílias dos mortos.

Corpo de brasileiro é enterrado no Rio de Janeiro-Jadson Marques / AE Cada avião, assim como cada carro, é constituído de milhares de partes feitas por dúzias de fabricantes, e muitas dessas partes aparecem em diversos aviões. Até sabermos quais das partes falharam no voo 447, se é que houve falha, é impossível saber quais outros aviões podem estar correndo risco.


RELEMBRE OUTROS CASOS DE DESASTRES AÉREOS
-Acidente da TAM em São Paulo, em julho de 2007 
Em 17 de julho de 2007, um Airbus da TAM saiu de Porto Alegre com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Chovia muito no dia e a principal pista de pouso não foi suficiente para o avião, que ultrapassou os limites do aeroporto e se chocou em um posto de gasolina e um prédio.
Ao todo, 198 pessoas morreram, 186 a bordo e outras 12 no solo, entrando para a história como o pior desastre aéreo já registrado em terras brasileiras.

O Globo
-Voo MH370 da Malaysia Airlines, em março de 2014
Em 8 de março de 2014, o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu enquanto viajava entre Kuala Lampur e Pequim com 239 pessoas a bordo. Cerca de uma hora após a decolagem, o controle aéreo perdeu o contato com a aeronave, nenhum pedido de socorro foi enviado.
As buscas por destroços foram encerradas após três anos. Os investigadores não chegaram a nenhuma conclusão sobre o que aconteceu a bordo da aeronave. Acredita-se que tenha caída no oceano Índico, mas o avião nunca foi encontrado.

Ea
Voo MH17 Malaysia Airlines, em julho de 2014
O voo MH17 partiu de Amsterdã com destino a Kuala Lumpur, capital da Malásia, no dia 17 de julho de 2014, levando 298 pessoas. A aeronave foi derrubada por um míssil, mas não chegaram a conclusão de quem disparou. É o desastre aéreo com maior número de mortos desde 1996.

Dmitry Lovetsky/AP 
-AirAsia, em dezembro de 2014
No dia 28 de dezembro, um Airbus da Indonesia AirAsia saiu de Surabaya, segunda maior cidade da Indonésia, com destino a Cingapura. Menos da metade do caminho, a aeronave caiu no mar de Java, matando os 156 passageiros e 6 tripulantes.

Reuters/Antara Foto/Zabur Karuru 
-Acidente da Chapecoense, na Colômbia, em novembro de 2016
O avião que levava a delegação do time de futebol da Chapecoense de Santa Cruz de La Cierra, na Bolívia, para Medelín, na Colômbia, caiu durante a noite. Morreram 71 dos 77 passageiros a bordo da aeronave, entre jogadores, jornalistas e tripulação. 




FREDY BUILES REUTERS/ Meio norte