Por: Bernardo Silva

No ultimo, sábado(17) fez um mês que despediu-se deste mundo o nosso companheiro de rádio, amigo, irmão, profissional dos mais ativos e comprometidos com o que fazia: Kairo Amaral Resende. Foi tudo muito rápido, tão rápido quanto é o tempo, que foge de nós numa pressa que a gente às vezes nem percebe.

Ele está vivendo numa nova dimensão, numa vida nova a qual todos nós haveremos de viver um dia. Mas enquanto esse dia não chega, a gente vai tendo aqui, no planeta terra, essas tristes e lamentáveis perdas, ficando sem nossos afetos, sem nossos amigos, sem muita gente que a gente quer bem.

Às vezes olhamos para um lado, para o outro, tentando encontrar aquele sorriso que se foi; aquele abraço fraterno, um simples aperto de mão…e só o vazio encontramos. Este vazio que fica e que nos incomoda tanto. Incomoda porque dói, como doem todas as ausências dos que nos deixaram sem a esperança certa de que um dia qualquer vamos nos rever de novo.

O Kairo nos deixou muito cedo, embora o pouco tempo por ele vivido na terra tenha sido bem vivido. Ele ocupava todos os espaços porque era intenso demais. Parecia adivinhar que tinha pouco tempo. Sim, ele tinha pouco tempo, mas viveu o tempo suficiente para construir uma legião de amigos, simpatizantes, fãs, pessoas que o admiravam e que sentiram naquele dia – há um mês atrás- o quanto é dolorido se perder alguém, seja um amigo, um familiar, um ente querido bem próximo.

Nenhum de nós sabe o dia da partida. Essa que é a verdade. E se soubéssemos, o que faríamos? A vida seria diferente? Viveríamos de outra forma? Seríamos melhores do que somos? Ninguém sabe. Mas Deus sabe o que faz. E por isso a vida da gente seja este grande mistério que todos buscam desvendar e não conseguem…

Mas muitos foram os que se foram, vitimados pela pandemia que o mundo enfrenta ainda. E tudo isso nos obriga a refletir acerca da razão de tudo isso. Por que uns vão mais cedo, outros mais tarde, e para onde todos vão???

Enquanto isso, a luta contra a saudade continua, machucando de forma bem intensa. A saudade da convivência; a dor do vazio que fica, nos lugares frequentados por aquelas pessoas que nos deixaram.

Enquanto não chega a nossa vez, peçamos a Deus que proteja, ampare, acolha todos os que nos antecederam. Ao nosso Kairo Amaral, que a Mãe Santíssima o acolha e o proteja sob o seu manto sagrado. A todos os amigos e familiares, nossas orações, nossos sentimentos, nossas lembranças e a saudade que machuca tanto!!!

(Lida por Yure Gomes, nesta sexta-feira/Rádio Cidade)