No Cras, com Antonio Laurindo, se encontrava uma mulher de nome Tainara que também foi atacada com golpes de faca pela Estefany, no entanto, ela conseguiu fugir na bicicleta da vítima que foi segurada por um dos bandidos, enquanto outros dois continuavam golpeando Antonio que não resistiu e morreu no local.

Consta ainda que os bandidos subtraíram o aparelho celular da vítima, sua carteira, um aparelho de som, vasilhas de plástico e um botijão de gás (pertencente ao CRAS). “Em seguida, todos se evadiram do local, em direção a suas residências, deixando o corpo da vítima Antonio Laurindo Gonçalves Filho no local”, diz trecho da denúncia.

O processo contra Estefany foi desmembrado dos outros acusados.

Em juízo, Estefany confessou que agrediu a vítima Tainara junto com os outros acusados e com uma menor de idade, que o intuito era roubarem a vítima, mas não sabia da intenção dos comparsas de matar Antonio Laurindo. Ela disse que cometeu o roubo, esfaqueou a Tainara, mas reforçou que em momento nenhum os comparsas mencionaram que iriam tirar a vida do vigia.

“Assim, pelo conjunto probatório coligido aos autos, restou comprovado que a acusada em comunhão de vontades e divisão de tarefas com os demais acusados e bem como como uma menor de idade, ceifaram a vida da vítima Antonio Laurindo Gonçalves Filho no CRAS onde trabalhavam, e ainda tentaram matar a vítima Tainara dos Santos Lima com intuito de lhes roubarem e bem os objetos do CRAS, onde a vítima Antonio Laurindo exercia a função de vigilante”, afirmou a magistrada na sentença.

Estefany então foi condenada pelos crimes de latrocínio, latrocínio tentado e corrupção de menor a 30 anos, 2 meses e 28 dias de detenção, em regime fechado. Foi negado a ela o direito de recorrer da sentença em liberdade, motivo pelo qual continuará presa.

Relembre o caso

O vigia Antônio Laurindo Gonçalves, de 57 anos, foi encontrado morto no início da manhã do dia 08 de fevereiro de 2019 no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Mendonça Clark, na Rua 7 de janeiro, em Parnaíba, vítima de um latrocínio.

A juíza Maria do Perpetuo Socorro Ivani de Vasconcelos, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, condenou Estefany Lima de Carvalho a mais de 30 anos de prisão pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte) contra o vigia do CRAS, Antonio Laurindo Gonçalves Filho, ocorrido ano passado. A sentença foi dada nessa quarta-feira (02).

De acordo com a denúncia, Estefany e outras sete pessoas, incluindo uma menor, foram até o CRAS, em Parnaíba, no dia 7 de fevereiro de 2019, com objetivo de assaltar. Chegando ao local, Estefany e a menor pediram ao vigia um copo de água, quando ele se virou para abrir a porta, outros três acusados anunciaram o assalto, tendo um deles desferido um golpe de facão na vítima. Logo em seguida outros três acusados entraram no estabelecimento.

Segundo o tenente Daniel, da Polícia Militar de Parnaíba, a vítima estava trabalhando no CRAS como vigia. “Quando amanheceu o dia, uma pessoa deu conta de que o vigia estava no chão próximo à mesa de atendimento e acionou a polícia. A guarnição foi lá e constatou que o vigia foi morto”, disse.

Segundo o tenente, o corpo do vigia estava atrás de uma mesa quebrada e algumas cadeiras estavam caídas, o que indica que teve luta corporal no local. A Perícia Criminal esteve no local para fazer o levantamento do crime. Foi roubado um botijão de gás do local, o que reforçou a suspeita do crime de latrocínio.