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Por Bárbara Rodrigues

Jéssica Pais de Sousa, de 30 anos, foi presa no sábado (14) suspeita de espancar até a morte a sobrinha Maria Eduarda Vitória de Sousa Oliveira, de 5 anos, no município de Uruçuí, a 456 km de Teresina.

A Polícia Militar informou que recebeu uma ligação do Hospital Regional Senador Dirceu Arcoverde, do município, sobre uma criança que deu entrada na unidade de saúde com sinais de espancamento e que acabou morrendo. Foi a própria tia da criança que levou a menina para o hospital e que acabou sendo presa em flagrante.

“A PM recebeu uma ligação do hospital local informando que uma criança havia dado entrada no hospital com sinais de espancamento. A PM foi até o hospital e constatou a veracidade dos fatos, e conduziu a senhora que tinha levado a criança para o hospital para a DP de Uruçuí para esclarecer a agressão”, informou o coronel Hortêncio.

Segundo o delegado Marcos Halan, ao ser informado sobre o caso, a Polícia Civil iniciou a investigação, onde descobriu que a tia tinha a guarda da menina e do irmão dela, de 3 anos.

“Imediatamente a equipe policial de plantão se deslocou para o local, para averiguar a situação, sendo que se tratava da tia, Jéssica e da sobrinha Maria Eduarda de 5 anos que há três meses morava com está devido à mãe está internada em um hospital psiquiatra no estado do Goiás”, informou.

Ele disse que a tia alegou que a menina tinha passado mal, mas chegando no hospital, a equipe médica apontou que ela tinha sido vítima de traumatismo. Segundo a polícia, quando a equipe foi até a residência da tia, encontraram o local alterado, lençóis trocados e casa limpa. A mulher alegou que foi sua filha de 14 anos que teria limpado a residência.

“A perícia do local do crime constatou que havia manchas de sangue no quarto, sobre a cama que dormia a criança e nas roupas que estava na máquina para ser lavada. O laudo do exame cadavérico atestou que ocorreu um traumatismo craniano na criança. Jéssica segue sendo a principal suspeitas, está presa, pois houve várias contradições em seu depoimento”, destacou.

O delegado explicou a mulher também apresentou várias contradições, chegou a dizer que estava trabalhando quando a menina passou mal e disse até que as marcas no corpo seriam porque Maria Eduarda tinha diabetes, mas não existe nenhuma comprovação disso. Além disso, o irmão da vítima, de 4 anos, também apresentou sinais de maus tratos.

“Ela alegou que a criança sofria de alguma forma de diabetes e que por isso tinha aquelas marcas de maus tratos, mas ela não conseguiu provar que essa criança tinha essa diabetes, mas ainda estamos investigando. O laudo médico apontou que a criança possuía a síndrome da criança maltratada, assim como o irmão dela também”, explicou.

O irmão de Maria Eduarda foi entregue ao Conselho Tutelar. Ele possui mais quatro irmãos que estão com familiares. A mãe deles perdeu a guarda após se internar em um hospital psiquiátrico em Goiás onde já saiu e agora estava em situação de rua. O pai deles também estaria em situação de rua.

Já a suspeita pelos maus-tratos tem três filhos e segue presa.