IMG-20240615-WA0264
Foto: Reprodução das redes sociais 

 

O empresário Everlando Alves dos Santos conhecido por VEVÉ é acusado de forçar Lucineide Alves dos Santos a abortar bebê, em 2014_


Acontecerá no dia 20 de junho, próxima quinta-feira, às 9h, na 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, sessão do tribunal popular do júri que julgará Everlando Alves dos Santos, acusado de provocar aborto, sem consentimento, de Lucineide Alves dos Santos. O fato ocorreu, em 2014, no município de Buriti dos Lopes.


De acordo com o depoimento da vítima – colhido pela Delegacia Especializada dos Direitos da Mulher, em Parnaíba, no dia 27 de maio daquele ano –, ao descobrir a gravidez, Lucineide contou a Everlando, que, segundo ela, “não aceitou, ficou enfurecido, e disse que a depoente tinha que fazer um aborto”, chegando a ameaçá-la.


Diante da contrariedade de Everlando, a vítima, que já estava gestante de dois meses, se recusou abortar o bebê, porque, segundo ela, repudia a realização de tal procedimento. Dias depois, relata Lucineide, que recebeu uma visita de Laura Rosa, cunhada de Everlando relatando que ele a família estariam aceitando a gravidez. Logo no dia seguinte o acusado foi à sua casa dizendo que “estava se acostumando com a ideia de ser pai”.


No dia 23 de maio, por volta das 20h30, Everlando foi à casa de Lucineide e a convidou para ir até Parnaíba. A vítima não desconfiou de nada, “porque Everlando estava demonstrando aceitar a gravidez”. Entretanto, o acusado, após ser questionado por Lucineide o que faria em Parnaíba, afirmava que iria levar uma encomenda.


Aceitando, então, a viagem, Lucineide foi levada, naquele dia a Parnaíba. Ao chegar ao município, Everlando parou no Bar Mirante, saiu do carro levando um envelope na mão e retornando, em seguida, sem o pacote. Ao entrar no carro, o acusado disse à vítima que iriam ao motel Álibi.


No motel, Everlando começou a introduzir, com força, algo na vagina de Lucineide, que o questionou sobre o que se tratava. Ele afirmou que era um gel, mas ela disse que não parecia gel. Alguns minutos depois, a vítima começou a passar mal, sentia frio, correu para o banheiro e percebeu que estava sangrando. O aborto foi constatado dias depois.


No processo consta como testemunha de defesa do acusado de cometer o crime, a ex cunhada de Everlando vereadora e pré-candidata a Prefeita por Buriti dos Lopes, Laura Rosa que também é citada pela vítima no depoimento.


*Denúncia* – O Ministério Público do Estado do Piauí denunciou Everlando Alves dos Santos pelo suposto cometimento do delito previsto no art. 125 do Código Penal (provocar aborto, sem o consentimento da gestante), que prevê pena de reclusão de três a dez anos, cumulado com o art. 61, inciso II, alínea f, do Código Penal (agravante da pena por ter o agente cometido o crime prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher).


OUTRO  LADO 

Portal Litoral Noticias    não conseguiu contato nem do acusado e nem do advogado de defesa.


Espaço está aberto para esclarecimentos sobre o caso.


E-mail:cleidiomarsouzaphb@gmail.com 

Fone (86)98163-2408 

Whatsapp