Mais uma vez, familiares de detentos conseguiram interditar a BR-316, usando manilhas para usar duas vias e tocaram fogo em pedaços de madeira. Os caminhões tentam desviar, mas os manifestantes tentam impedir.
O trânsito no sentido centro-sul está engarrafado na rodovia. Os manifestantes protestam pela falta de notícias dos presos que estão dentro da Custódia.
O diretor da Custódia, capitão Dênio Marinho, foi até a porta da casa de detenção e informou que não há mortes e que a rebelião está contida.
Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de gerenciamento de crise está se dirigindo ao local para tentar negociar a liberação da BR.
Atualizada às 11h28 (Hora Local)
A comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil mais cedo entrou na Casa de Custódia e saíram para acalamar os familiares, mas depois não permitiram mais a entrada deles. A informação é do Leonardo Queiroz.
Diretor criminal da Defensoria Pública, Sílvio Queiroz Costa, que também está com a comissão. "Eles impediram a nossa entrada alegando a defesa da nossa integridade física. Falam que o clima não é de segurança lá dentro nem na área administrativa", destacou.
Duas ambulâncias saíram da Casa de Custódia. Os familiares tentaram fechar a BR-316 novamente, mas não conseguiram

Fogos de artifícios apreendidos pelos policiais que estariam com manifestantes que soltariam em direção aos policiais.
Atualizada às 10h34 (Hora Local)
Um detento ainda não identificado foi levado pelo Samu para receber atendimento médico fora da Casa de Custódia, por volta das 10h desta segunda. Ele teria sofrido convulsões dentro da unidade prisional. Ainda não há detalhes sobre o motivo da crise convulsiva. De acordo com o Sinpoljuspi, o preso trabalharia na cozinha do presídio e não estaria envolvido diretamente com a rebelião.

Atualizada às 9h32 (Hora Local)
Sem informações sobre a rebelião, os familiares iniciaram uma tentativa de barricada na BR-316 como forma de protesto. Eles querem a presença do diretor da Casa de Custódia e do secretário de Justiça, Daniel Oliveira, no local. "Fogo lá dentro; Fogo aqui fora", gritam os familiares.
Atualizada às 9h23 (Hora Local)
O comandante de Policiamento da Capital (CPC), tenente coronel Sá Júnior, retificou a informação de que teria controlado todos os pavilhões. Segundo ele, os policiais já teriam controlado dois deles.
“Ainda não entramos em todos os pavilhões, por isso não sabemos precisar a quantidade de feridos. Pedimos calma a todos os familiares”, disse Sá Júnior.
Do lado de fora, foram ouvidos barulho de supostas bombas de efeito moral o que deixou familiares desesperados correndo pelas ruas próximas à penitenciária. Duas mulheres desmaiaram na confusão e foram socorridas por outros parentes de presos.
Atualizada às 9h20 (Hora Local)
O comandante de policiamento da capital, coronel Sá Júnior, informou por volta das 9h15 que a polícia conseguiu conter a rebelião em apenas dois pavilhões da unidade prisional. Inicialmente, a movimentação de detentos acontecia nos pavilhões B, C, D, E, F, G, H e I.
Não há confirmação de mortes de detentos ou presos gravemente feridos durante a movimentação. Os policiais militares iniciaram, por volta das 8h, a recontagem de alguns dos presos.
Duas equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no local e contiveram incêndios, depois que os detentos atearam fogo a colchões e tecidos nas celas. Homens do Bope e uma ambulância do Samu permanecem na Custódia.
Matéria original
Uma rebelião teve início entre os presos da Casa de Custódia de Teresina na madrugada desta segunda-feira (14). De acordo com o Sindicado dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), às 4h30 de hoje, 102 presos do pavilhão H da unidade tentaram uma fuga, mas foram impedidos. A partir de então, os 876 detentos do lugar tomaram os pavilhões, a partir do H, quebraram acessos e atearam fogo em colchões e tecidos.
Familiares choram enquanto aguardam, bastante nervosos, por notícias na porta da unidade. Sons de tiros são ouvidos a todo momento e policiais militares já estão no local, avançando pela parte superior do presídio. Os detentos tomaram o térreo e, segundo o sindicato, já ocupam todos os pavilhões da unidade, do B ao I.
Pelo menos quatro viaturas do batalhão das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) estão no presídio. Há ainda homens do Bope, uma ambulância do Samu, bombeiros e militares da guarda da penitenciária.

Foto: divulgação/Sinpoljuspi
"Eles quebraram o acesso do pavilhão H ao restante da Custódia, estão atirando pedaços de concreto das paredes em quem tenta entrar lá. Somos apenas 10 agentes na unidade, não tem como conter. A situação é caótica e nós não temos como saber se tem algum preso ferido ou até mesmo morto", informou o diretor do Sinpoljuspi, Kleiton Holanda.
O Corpo de Bombeiros também chegou ao local, por volta das 7h20 da manhã, para conter focos de incêndio iniciados durante a rebelião. Até 7h30 de hoje, a tropa de choque da polícia militar não havia conseguido acessar os pavilhões.
Durante a tentativa de fuga, presos do pavilhão H fizeram um túnel que deu acesso ao pátio externo da unidade. Os agentes perceberam a movimentação e conseguiram recapturar os presos. Após a contenção dos detentos, a rebelião teve início.
Greve
Os agentes penitenciários do Estado haviam anunciado para esta segunda-feira o início do movimento grevista da categoria. Diante da rebelião, informaram que irão manter a paralisação por tempo indeterminado. Os trabalhadores afirmam que a greve foi motivada porque o governo do estado não cumpriu o compromisso firmado de enviar à Assembleia Legislativa dois projetos de lei acordados em reunião com a categoria.

Foto: divulgação/Sinpoljuspi
Irmão Guido
Além da tentativa de fuga abortada na Casa de Custódia, nesse domingo (13) o detento Lourival Borges de Sousa foi morto com várias perfurações dentro do banheiro de uma cela no pavilhão B da penitenciária Irmão Guido, também em Teresina. No local, o clima é tenso, mas os presos não iniciaram rebelião.
O assassinado ocorreu por volta das 15h. De acordo com Vilobaldo Carvalho, diretor jurídico do Sinpoljuspi, a morte seria em vingança a execução de outro detento na penitenciária Luiz Gonzaga Rebêlo, em Esperantina.
Maria Romero e Carlienne Carpaso (Especial para o Cidadeverde.com)
Com informações de Gorete Santos
redacao@cidadeverde.com
Com informações de Gorete Santos
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POLÍCIAL