Indicado pelo Centrão, ele era o atual secretário de Educação e Esporte do Paraná e deu aulas de matemática por 10 anos.
O martelo foi batido: o secretário de Educação e Esporte do Paraná, Renato Feder, é o novo ministro da Educação (MEC). Desde a saída de Weintraub, ele estava cotado à chefia da pasta, mas perdeu o posto para Carlos Decotelli, que pediu demissão por polêmica do currículo. Este é o quarto nome a assumir o MEC desde o início do mandato de Jair Bolsonaro (sem partido). Feder é visto como um perfil “apaziguador” por líderes do governo. Além disso, ele é próximo ao Centrão do Congresso Nacional, do qual Bolsonaro tem tentado se aproximar para evitar um processo de impeachment.
Aos 41 anos, morador de Curitiba, o novo ministro é graduado em administração pela Fundação Getúlio Vargas e mestre em economia pela Universidade de São Paulo (USP). O ex-secretário lecionou por 10 anos matemática em escolas e chegou a ser diretor de instituições de ensino por oito anos, segundo secretaria do Paraná. Também consta em seu currículo que ele foi professor do Ensino de Jovens Adultos (EJA), programa de supletivo a pessoas que tiveram estudos interrompidos.
O professor à frente da pasta também trabalhou como assessor voluntário na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Em 2003, ele assumiu uma empresa de tecnologia que se tornou bilionária pouco tempo depois. Porém, ele deixou o posto de CEO para assumir a secretaria do Paraná. Apesar disso, ele não perdeu o vínculo com as empreiteiras. A principal indicação de Feder veio de Meyer Nigri, dono da construtora Tcnisa. O ministro também é sócio da Multilaser Industrial S.A. e fundador do site de ranking de políticos.
Em 2016, o novo membro do governo de Bolsonaro foi denunciado por sonegação fiscal e responde a processo milionário na Justiça de São Paulo, que corre em sigilo. Na época, ele e o sócio, Alexandre Ostrowiecki, administradores da Multilaser, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal (Coesf), por fraude de R$ 3,2 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O processo consta no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e ainda está em fase de tramitação. Em posicionamento oficial, a empresa informou que o processo é resultado de uma dívida que o governo paulista tem de R$ 95 milhões com a Multilaser, que venceu e não foi paga.
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