Vaqueiros que trabalharam para o bando do Ceará foram identificados.
Esta é uma tese que está em investigação pela polícia civil, depois de ver semelhanças com caso que aconteceu na Bahia. A informação é do Delegado Emir Maia, titular da Delegacia de Meio Ambiente que está em Luiz Correia fazendo levantamento após ser alertado por protetores de animais.
“Ouvimos várias pessoas e identificamos alguns vaqueiros que estão trabalhando para esta quadrilha de outro Estado que estão vindo aqui comprar os jumentos. Eles cooptam as pessoas oferecendo R$ 30, R$ 50 por animal. Houve prática assim na Bahia, onde se descobriu que os jumentos estavam sendo abatidos e a carne levada para a China. Os daqui devem ter o mesmo destino”, explica o delegado.
Emir Maia disse ainda que ouviu o Secretário de Administração da Prefeitura de Luiz Correia, que relatou sobre um incidente onde 27 cavalos que estavam recolhidos pela correição teriam sido soltos após um veículo derrubar um muro. O delegado confirmou ainda que foram identificados os currais onde os jumentos eram mantidos até serem levados.
“Os jumentos estão sendo transportados em condições precárias. Alguns morrem no caminho e outros ficam lesionados, o que configura a prática de maus tratos”, concluiu.
As investigações prosseguem e deve acontecer também no Ceará. Nomes de pessoas de Luiz de Correia foram mencionados e devem também ser ouvidos pelo Delegado Emir Maia ainda nesta sexta-feira (13).
ENTENDA O CASO
A várias semanas protetores de animais em Luiz Correia e Barra Grande tem recebido vídeos e denúncias de que dezenas de jumentos foram levados em caminhões e caminhonetes. Os animais viviam pelas ruas, mas recebiam carinho, alimentação e água de um grupo de moradores.
O sumiço dos animais causou revolta e o caso foi denunciado à polícia.
Fonte: Wesslley Sales