Jovem foi morta e a irmã baleada em barreira policial em Balsas.
No dia 15 de dezembro de 2016, uma jovem identificada como Karina Britto, de 23 anos, morreu e a irmã dela, Kamila Birtto Ferreira, foi baleada em uma barreira policial no município de Balsas, no estado do Maranhão. Os policiais que efetuaram os tiros, que estavam sem farda, serão indiciados pelos crimes de homicídio doloso e tentativa de homicídio.
O delegado da Superintendência Estadual d Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), Guilherme Sousa Filho, falou sobre o caso. 
“O inquérito policial volumoso já está na sua segunda fase porque durante 30 dias a gente tem que encaminhar o inquérito para a Justiça pedindo dilação de prazo e isso aconteceu porque ainda falta ser realizado várias diligências, principalmente perícias nas armas que os policiais militares e civis usavam no momento da diligência. Essa perícia que a gente chama de “perícia de comparação balística” ela se faz necessária para a gente saber de quais armas saíram os tiros que ceifaram a vida da Karina e também lesionaram a irmã dela que estava conduzindo o Pálio, Kamila Brito Ferreira”, contou. 
Segundo o delegado, imagens de câmeras de segurança estão sendo utilizadas para elucidação do caso. "O que eu posso adiantar para a sociedade maranhense é que nós já conseguimos individualizar a conduta de cada policial. Todos os policiais envolvidos na operação nós já individualizamos a conduta de cada um. Quem atirou e quem não atirou. Para individualizar essa conduta nós analisamos as câmeras de videomonitoramento de todo o percurso. Nós identificamos os componentes dessa viatura, tipo de armamento e aí descobrimos quem atirou e quem não atirou”, informou. 
Entenda o caso
As duas retornavam de um velório quando passavam por uma barreira policial, mas não pararam e tiveram o carro metralhado.
De acordo com informações da Polícia Militar, a barreira era formada por policiais sem fardamento que procuravam por criminosos acusados de assaltar a agência do Banco do Brasil da cidade de Fortaleza dos Nogueiras.
Ao receber ordem de parada, as irmãs saíram em disparada, seguiram viagem e acabaram sendo confundidas com os bandidos que estavam em fuga.
Família de jovem morta em barreira pede Justiça
José de Sousa, tio de Karina, não concorda com a forma como as duas foram abordadas pela a polícia. “Se eles achavam que o carro delas era um carro suspeito eles tinham seguido. ‘Rapaz vamos seguir esse veículo. Vamos ver quem está nele’. Isso que era a forma correta. Muita gente fala em até atirar nos pneus, muita gente acha que poderia ser a forma correta, mas nem assim eu não concordo. Tinha seguido o carro. Vamos seguir esse carro e saber quem está conduzindo esse veículo, mas alvejar o carro da forma como foi alvejado quem nem bandido aí às vezes não acontece isso”.
Karina Brito
Fonte: Com informações do G1