O deputado Rodrigo Maia
(DEM-RJ) obteve 293 votos e se reelegeu nesta quinta-feira (2) em primeiro
turno presidente da Câmara para o biênio 2017-2018.
Ele derrotou outros
cinco candidatos que também estavam na disputa: Jovair Arantes (PTB-GO), Luiza
Erundina (PSOL-SP), Júlio Delgado (PSB-MG), André Figueiredo (PDT-CE) e Jair
Bolsonaro (PSC-RJ).
Após a eleição do
presidente, a Câmara iniciaria a apuração dos votos para definir quem serão os
demais integrantes da Mesa Diretora: os dois vice-presidentes, os quatro
secretários e os quatro suplentes de secretaria (veja mais informações sobre a
eleição da Mesa ao final desta reportagem).
A candidatura de Maia chegou
a ser contestada na Justiça pelos adversários, mas uma decisão liminar
(provisória) do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), na
noite de quarta-feira (1º) permitiu que ele participasse da disputa.
Por isso, Maia esperou a
definição do Supremo para só então fazer o registro oficial da sua candidatura,
o que aconteceu a uma hora e meia do fim do prazo.
O argumento dos rivais
era que a Constituição e o regimento interno da Câmara proíbem a reeleição na
mesma legislatura (a atual termina em fevereiro de 2019).
Maia, por sua vez,
afirmava que havia sido eleito em julho de 2016 para um mandato-tampão de seis
meses, em substituição a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou à presidência
da Câmara em julho do ano passado.
Mesmo com as ações
judiciais em curso, o deputado fluminense já vinha articulando nos bastidores
para ser reconduzido ao cargo.
Como resultado das
negociações, Maia conseguiu montar um bloco parlamentar que reuniu 13 partidos,
totalizando 358 deputados. Entre os integrantes do bloco estavam PMDB, PSDB,
PP, PR, PSD, PSB, DEM, PRB, PTN, PPS, PHS, PV e PTdoB.
A estratégia também
visava garantir as vagas na Mesa Diretora, uma vez que a distribuição é feita
de acordo com o tamanho dos blocos ou partidos.
O número de deputados reunidos no bloco de Rodrigo Maia foi suficiente para que o grupo ocupe todas as vagas titulares da Mesa Diretora.
O número de deputados reunidos no bloco de Rodrigo Maia foi suficiente para que o grupo ocupe todas as vagas titulares da Mesa Diretora.
Presidente da Câmara
Como atualmente o país
não tem vice-presidente da República, o presidente da Câmara é o primeiro na
linha de sucessão do Executivo. Maia assumirá o comando do Palácio do Planalto
sempre que Temer viajar para o exterior.
À frente da Câmara, Maia
continuará com a tarefa de definir a pauta de votações após consulta aos
líderes partidários. Aliado do Palácio do Planalto, o presidente reeleito da
Câmara tem defendido a aprovação das principais medidas econômicas propostas
por Michel Temer, como a Reforma da Previdência.
Fonte: G1