Com atrasos no pagamento de até nove meses de salário, médicos e profissionais da enfermagem de hospitais públicos de 16 municípios do Piauí estariam sendo substituídos por novos profissionais também sem vínculo empregatício. A denúncia é apontada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) do Piauí que orienta que os novos profissionais não assumam os cargos.
“Orientamos que nenhum médico aceite trabalhar em locais devedores. O vínculo é precário, ele (profissional) não tem contrato e nenhum documento assinado. Os diretores dos hospitais simplesmente estão contratando esses médicos. Isso é um desrespeito e fragiliza a mobilização por melhores condições de trabalho”, disse a presidente do CRM do Piauí, Miriam Parente.
Segundo o Conselho, chega próximo de 100 o número de médicos terceirizados com salários em atraso somados aos demais profissionais da saúde, como enfermeiros e técnicos de enfermagem. “Em alguns casos, o atraso chega a nove meses sem salário.Os técnicos do Hospital Infantil, por exemplo, estão sem receber desde fevereiro”, alerta a presidente do conselho.
Valmir Macêdo
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