Fotos: Rafael Moraes/VEJA.com Fotos: Rafael Moraes/VEJA.com
Última alegoria da Paraísos do Tuiuti perdeu o controle e causou grave acidente
Três mulheres ficaram gravemente feridas e ao menos outras cinco foram levadas em ambulâncias avançadas para hospitais da rede municipal após um acidente na Marques de Sapucaí, logo na abertura do desfile do Grupo Especial. O último carro alegórico da Paraísos do Tuiuti perdeu o controle na entrada do desfile e atropelou várias pessoas, imprensando algumas delas contra a grade de acesso à arquibancada.
Os bombeiros fizeram o socorro imediato, mas uma das grades teve de ser serrada. O carro que causou o acidente ficará retido na dispersão para que uma perícia da Polícia Civil seja realizada.
Em nota, a Secretaria de Saúde Municipal do Rio de Janeiro informou que, até o momento, vinte pessoas foram atendidas nos postos montados pela Secretaria Municipal de Saúde no Sambódromo Marques de Sapucaí. Não há registro de óbitos.
Segundo a assessoria, os casos com maior gravidade são de três mulheres transferidas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, o mais próximo da Passarela do Samba. Outras cinco vítimas, com menor gravidade, foram levadas para o Hospital Municipal Miguel Couto.
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As outras doze pessoas receberam assistência médica. Elas foram medicadas, fizeram curativos e foram liberadas. Outros presentes buscaram atendimento em função do estresse provocado pelo acidente.
MOTORISTA ESTÁ FORAGIDO
O motorista do último carro alegórico da Paraíso do Tuiuti, que atropelou pessoas – deixando três gravemente feridas – na abertura do Grupo Especial, no fim da noite de domingo, está foragido. A Polícia Civil tenta agora identificar o condutor do veículo, já que a escola de samba prometeu levar a documentação e apresentar o motorista, mas até o final da primeira noite de desfiles nada disso foi feito. Os investigadores buscam descobrir em que momento o condutor inicial fugiu, já que teria sido um mecânico da escola quem conduziu o carro pela Marquês de Sapucaí no desfile.

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Através de imagens de câmeras de tevê e do circuito de monitoramento da avenida os investigadores tentarão determinar o exato momento em que o motorista que dirigia na hora do acidente foi trocado. Policiais militares que estavam próximo não conseguiram impedir a fuga. O veículo continuou o desfile e só foi interceptado do outro lado da Sapucaí. Policiais civis descobriram, então, que o carro estava sendo pilotado pelo mecânico da escola. “Só não sabemos em que momento houve a troca”, diz um investigador.
O delegado da 6ª DP (Cidade Nova), William Bezerra, disse que o trabalho da perícia inicial, no local do fato, foi satisfatório. “A perícia vai trazer um dado importante, que indica que o campo de visão do condutor é muito pequeno. Na verdade, ele depende muito da orientação das pessoas de fora. O trabalho dele é manter o carro numa faixa amarela que tem pintada por toda a Avenida”, diz.
O delegado falou também que na primeira perícia realizada o veículo não apresentou defeito mecânico. Na manhã desta segunda-feira, porém, uma nova perícia de engenharia será realizada para confirmar se realmente não houve algum problema no carro.

(Com informações da VEJA.com)